Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 1-22

Pharmaceutical Technology 31 Edição Brasileira - Vol. 26/Nº1 Materiais, equipamentos e métodos Testes de 800 g foram preparados con- tendo 90% de Cloridrato de Metformina (InfinityPharma* Brasil), 9% de Hidroxi- propilcelulose micronizada (Klucel™ EXF PHARM HPC, Ashland) como aglutinante e 1% de Estearato de Magnésio (CosmoQuí- mica* Brasil) como lubrificante, avaliando a influência da quantidade de água utili- zada no processo de granulação sobre as propriedades finais do comprimido. As misturas foram processadas man- tendo todos os parâmetros constantes e seguindo as seguintes etapas: 1. Calibrar a Metformina HCl através de Quadro* Comil* equipado com uma malha lisa de 1 mm a uma velocidade de 100 rpm, 2. Adicionar a Metformina HCl e o Klucel™ HPC no granulador alto cisalhamento Diosna High Shear Mixer equipado com uma caçamba de 4L, 3. Misturar a uma velocidade do impeller de 200 rpm e uma velocidade do Choper de 500 rpm por 5 minutos, 4. Adicionar a água como um líquido aglutinante na forma de um spray - para avaliar a influência da quantidade de líquido foram utilizadas quantidades crescentes de água de 2% a 8% em relação ao peso da mistura de pós - 5. Manter o cisalhamento a uma velocidade de 200 rpm do impeller e uma velocidade de 1500 rpm do choper por 1 minuto, 6. Secar o granulado no leito fluido Freund-Vector VFC FLO-COATER* a uma temperatura de 55°C até uma umidade residual entre 0,50 - 1,00% , 7. Calibrar o granulado seco em Quadro* Comil* equipado com uma malha de 1mm raladora a uma velocidade de 100 rpm, 8. Misturar com Estearato de Magnésio previamente calibrado através de malha 60 mesh. 9. Comprimir os grâ- nulos na compressora rotativo Riva Piccola equipada com 10 punções oblongos de 19 x 9 mm considerando um peso de 944 mg usando uma força de compressão de 15KN. O teste de umidade residual dos grâ- nulos, após a secagem, foi realizado pelo princípio da termogravimetria em analisa- dor de umidade halógena aquecida (HB43, Mettler Toledo). Para avaliar a resistência à ruptura dos comprimidos, foi utilizado um durômetro (TBH 200, ERWEKA). A friabili- dade, resistência à abrasão (tensão dinâ- mica) dos comprimidos foi realizada em friabilômetro (TA10, ERWEKA). Os tempos de desintegração dos comprimidos foram avaliados em desintegrador com cestos de 6 compartimentos (ZT502, ERWEKA). Os testes de dissolução comparativa foram feitos em Dissolutor Automático Agilent 708-DS, nas seguintes condições: Aparato I - Cesto, 100 rpm, tampão fosfato pH 6.8, volume do méio 900mL, aceptação Q > 80% em 30 minutos. As amostas coletadas foram lidas em espectrofotômetro UV Cary 60 a 232 nm. Resultados e discusão 1. Na figura 1, observa-se uma tendên- cia em obter comprimidos com melhores Resumo das características físicas dos comprimidos obtidos % Agua 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 Dureza (Kp) 6,10† 8.90† 14.60 16.10 15.80 17.10 19.8†† Friabilidade NR 1.14% 0.53% 0.42% 0.32% 0.38% 0.31% Desintegração (min) NR NR 14.50 16.50 13.30 15.50 16.10 TABELA 1 NR = testes não realizado † Dureza muito baixa, ocorre capping à medida que a força de compressão aumenta. †† Granulado super umedecido que foi seco em estufa a 55 °C até atingir umidade residual entre 0,50 - 1,00% propriedades físicas de acordo com o aumento da quantidade de água utilizada na granulação, isso se deve ao fato de que maiores quantidades de água permitem um melhor umedecimento da mistura, favorecendo a formação de um granulado com mais ligações Metformina HCl-HPC, transferindo as excelentes características de plasticidade do Klucel™ HPC para Metformina HCl, tornando a mistura mais compressível. 2. Na tabela 1, consegue se observar que quantidades de água de 2 e 3% não foram suficientes para gerar grânulos com Influência da % de água utilizada na granulação nas propriedades físicas do comprimido FIGURA 1 Influência da % de água utilizada na granulação nas propriedades físicas do comprimido FIGURA 2

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