Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-23

Pharmaceutical Technology 28 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº2 de fluxo tangencial), podem superar os desafios de viscosidade e garantir baixo cisalhamento durante o processamento, mantendo a estabilidade do mRNA em cada estágio do processo de fabricação, observa Mochayedi. “O desenvolvimento e a otimização de processos sob medida são necessários para que cada sequência única de mRNA enfrente e supere os desafios destacados”, conclui. Minimizando o tempo de formulação Embora o conceito de alavancar mRNA para a prevenção ou tratamento de várias doenças seja simples, a entrega segura e eficaz desses frágeis ácidos nucleicos den- tro das células, onde sua mensagem pode ser traduzida em proteínas, provou ser um enorme desafio, observa Mochayedi. “Para as vacinas de mRNA da COVID-19, a solução para esse problema veio por meio do desenvolvimento de LNPs. Essas partí- culas, normalmente compostas por quatro lipídios diferentes (lipídios ionizáveis, cujas cargas positivas se ligam ao esqueleto carregado negativamente do mRNA, lipí- dios peguilados, que ajudam a estabilizar a partícula, fosfolipídios e moléculas de colesterol, que contribuem para a estru- tura da partícula), fornecem uma bolha protetora para as delicadas moléculas de mRNA, permitindo sua entrega segura e eficiente dentro das células”, explica. A estrutura do IFA de nucleotídeo tem um forte impacto sobre a seleção dos ex- cipientes para a formulação. Além disso, o processo de fabricação deve ser altamente controlado. “A solução tampão contendo a substância medicamentosa de mRNA utilizada para produzir as LNPs é de baixo pH (normalmente citrato de sódio aquoso), o que acrescenta estresse à estabilidade do nucleotídeo, levando a uma quebra ainda mais rápida, que ocorre em pH neutro ou levemente básico”, Cobaugh diz. Um pH baixo de aproximadamente 4,5 é necessário para ionizar o mRNA, para que ele forme nano-precipitados com os lipídios. O uso de auxiliares de processo de estabilização, acrescenta Cobaugh, é geralmente evitado porque eles interfe- ririam na ionização do mRNA e também poderiam acabar no produto. Além disso, a maioria das moléculas que estabilizariam o mRNA contra a degradação mediada pelo pH provavelmente seriam produtos químicos perigosos. A chave para a produção bem-sucedida de LNPs, portanto, é a minimização do tempo necessário para o processo de fabricação da LNP. Isso, enfatiza Cobaugh, requer amplo en- tendimento do processo, desde uma base quality-by-design combinada a um minucioso PT

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