Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-23

Pharmaceutical Technology 9 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº2 tividade em outros setores manufatureiros. Operando com uma eficiência de 60-65%, o maior desafio em todo o setor é de longe a produtividade. Além disso, como a precisão e a qua- lidade são vitais nos casos em que os produtos são exportados para mercados regulamentados, os níveis de inspeção aumentam enormemente. Isso, por sua vez, pode dificultar a capacidade de simplificar e gerar eficiências. Os outros desafios enfrentados pela fabricação farmacêutica são variados, desde variações de IFA até escassez de mão-de-obra, velocidade de inspeção de produtos, cronogramas de produção e ve- locidade de adoção de novas tecnologias. No entanto, a indústria está acelerando sua transformação digital para a Indústria 4.0, em busca de processos controlados por dados, o que deve ajudar o setor a aumen- tar a eficiência, bem como a velocidade de lançamento no mercado. PharmTech: Você testemunhou algu- ma tendência significativa na produção de comprimidos, na última década, que teve um impacto positivo/negativo sobre o setor? Gupta: Estamos vendo um aumento nos comprimidos com sistema de pellets múltiplos. Esta é uma forma farmacêutica sólida que resulta da compressão de uma mistura de pellets contendo fármacos e excipientes em pó [para] controlar a liberação do fármaco. Também vimos uma mudança significa- tiva na adoção da tecnologia de inspeção. A pandemia da COVID-19 tornou mais evi- dente que a inspeção humana, em relação à qualidade dos produtos, deve ser redu- zida, por exemplo, removendo processos como a coleta manual de produtos para teste. As empresas com foco no controle de custos, por meio do uso de equipamentos mais eficientes e processos de inspeção menos onerosos, não apenas reduzirão o desperdício e a necessidade de mão-de- -obra cara, mas também se beneficiarão da redução no recall de produtos caros. Os fabricantes que adotam a tecnologia de inspeção se beneficiam da diferencia- ção da distinção emmicronível do produto; dentro e fora. Essas inspeções são execu- tadas com eficiência, em alta velocidade e em tempo real, o que significa que as amostras não precisam ser retiradas da linha para serem testadas. A tecnologia de inspeção avalia cada produto e fornece inteligência em tempo real sobre as rejeições, de modo a assegu- rar a qualidade dos produtos no lote que não foram rejeitados. Onde o método de teste de amostra significa que a qualidade de todo o lote é baseada nos resultados do teste de um subconjunto do lote, e os produtos restantes no lote são considerados como de mesma qualidade, mas não podem ser garantidos. PharmTech: Quais são suas previsões sobre as tendências em comprimidos para a próxima década? Gupta: Uma população global cres- cente e envelhecendo, juntamente com novos mercados emergentes, estão criando uma alta demanda no setor farmacêutico globalmente. Com o aumento da concor- rência, a velocidade de entrada no merca- do é vital. Aqueles que são centrados no cliente, fornecem garantia de segurança e entregam mais rapidamente acabarão vencendo. Estamos vendo os sinais incipientes da demanda por máquinas de alto rendimen- to. Isso se soma à necessidade de aumentar a eficiência do setor. A combinação dos avanços da Indústria 4.0 e a necessidade de uma força de trabalho mais enxuta impulsionará a análise de múltiplas fontes de dados para fornecer informações, como manutenção preditiva e até manutenção remota. Onde o tempo de atividade da má- quina e os custos operacionais eficientes forem aprimorados, a economia de custos será alcançada sem comprometer a quali- dade do produto. Além disso, estamos começando a ver uma maior aceitação da impressão 3D no setor. Ser capaz de imprimir em pequenos lotes resulta em redução de desperdício, juntamente com resultados e eficiências confiáveis. Isto terá um lugar útil na configuração do desenvolvimento de novos produtos e o potencial de re- volucionar a entrega de medicamentos personalizados PT

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