Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-24

Pharmaceutical Technology 35 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº2 etc. Estes produtos podem ou poderão entrar em contato com o produto en- vasado, também, consideradas amos- tras limpas para o estudo de estresse em Extraíveis. 2-Produto Envasado: pode-se con- siderar esta amostra como “suja”, pois ela contém não apenas o ativo, mas os insumos da formulação. 3-Não mencionada: são partes do sistema que possam entrar em contato com o produto, como tubulações, pul- mões, equipos que levam ao “abocath”, mangueiras, seringas de enchimento, bombas de infusão entre outros, desde que possuam tempo critico no contato que permitam a contaminação e ou durante as transferências de processo. O estresse , se não for previamente estudado, diferentes resultados pode- rão serem obtidos, como: a- Não evidenciar nenhuma subs- tância àquele determinado Limite de Quantificação, b- Evidenciar várias espécies quí- micas devido a decomposições por ex- cesso de energia no estresse aplicado, c- Evidenciar produtos de interação devido a energia aplicada entre pro- dutos da embalagem com o envasado. O estudo de Extraíveis serve como referência de espécies químicas a serem “buscadas no estudo de Lixi- viáveis”, sendo assim, quanto mais próximas das características do pro- duto envasado, mais real será a busca de contaminantes da embalagem no produto ali envasado. PREDIÇÃO TEÓRICA: é o estudo teórico utilizando de conhecimento químico e bibliográfico, para tal, faz- -se necessário conhecer: material da embalagem e formulação do produto qualitativamente e quantitativamen- te, além da forma e apresentação do produto. Com a predição pode-se es- tabelecer os estresses e suas energias a serem aplicadas sobre a embalagem (Extraíveis) e produto envasado (Lixivi- áveis). A Predição é feita por pesquisa bibliográfica e previsão sobre conjun- to: formula estrutural, propriedades físicas e químicas. As reações abaixo mostram uma predição “óbvia” com vista para a formula estrutural plana da molécula acetato de Viminol. Os agentes estressantes são avaliados no entendimento das possíveis, interações entre a espécie, subespécies, ativo e composição da embalagem primária. Internet: há protocolos disponibi- lizados em artigos e compêndios, em sua maioria acadêmicos, porém, nem todos fornecem dados de apoio ao estudo analítico dos Lixiviáveis, visto que foram experimentados para um determinado produto envasado cujas composições podem ser distintas para um mesmo produto, desta forma, não há um protocolo único. Como planejar o Estresse? A me- lhor ferramenta é a Predição, ou seja, conhecer os compostos presentes na composição da embalagem como do produto a ser envasado. Desmembrando moléculas e ob- servando possíveis reações em con- dições distintas, como: temperatura, luminosidade, contato ácido e básico em diferentes pHs, em diferentes solventes pertinentes a extração e assim determina-se a condição mais real para energias a serem aplicadas no estresse. Não apenas as energias citadas, mas também qual energia de extração usar? Sonicação, Autoclavagem, Reflu- xo, Vortex, Shake orbital, Headspace, Fervura/Resfriamento, Cristalização, Extração L-L entre outras possíveis e observadas no processo de Predição. Como prever essa possível contaminação da embalagem para o produto? Uma das possibilidades é a extração de produtos da embalagem. Extração com energia de contato em distintas situações de exposição, como luz, temperatura entre outras. A energia forçada é denominada de Estresse e consiste em expor a embalagem e o produto em condições que potencialize a liberação de espécies químicas. Uma condição crítica de extração é obter produtos de lixiviações (extração de contato) que serão submetidos a ensaios analíticos. Os estudos de Ex- traíveis e Líxiviáveis são considerados ensaios “ in-vitro ”. Como definir a ener- gia para o Estresse? Há de se prever três tipos principais de amostras. 1a-Embalagem Primária: cons- tituída por duas principais matérias primas, polímeros e vidro (há outras embalagens, como papel, madeira, metal, com ou sem revestimento in- terno, etc), que podem se apresentar por composições distintas em função da aplicação do produto. Além da mistura de compostos constituintes da embalagem, há possibilidade de haver adesivo colado ou tinta identificativa (silk screen) dos dados do produto e estes requerem atenção especial quan- to a possível migração para o produto ali envasado. A embalagem primária, na qual se realiza do estudo de Extraíveis, é con- siderada amostra limpa para o estudo com estresse. Contaminações antes e após a fabricação, no armazenamento, no momento de coleta, contaminações de ambiente ou ainda dos equipamen- tos analíticos, são então verificadas analiticamente. 1b-Embalagem Primária Comple- mento: tampa, batoque, conta gotas, seringa, agulha, bastão de esfregaço,

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