Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-23

Pharmaceutical Technology 24 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº3 De acordo com a pesquisa, por exemplo, o mercado de fabricação bio/farmacêutica deverá testemunhar um crescimento anual composto por volta de 11% entre 2022 e 2027 (2), em parte graças ao avanço das tecnologias de fabricação. Mudanças significativas “Houve algumas mudanças significa- tivas na indústria”, enfatiza Dan UpDyke, gerente de marketing estratégico, Life Sciences, Rockwell Automation. “Nos últimos anos, foi típico construir ins- talações de produto único, construídas especificamente. Estas teriam tanques fixos e seriam projetadas com processos rígidos para fornecer resultados repetíveis, mas teriam flexibilidade limitada. Como o desenvolvimento de medicamentos mudou para tratamentos altamente especializa- dos com populações menores de pacien- tes, a necessidade de sistemas flexíveis e escaláveis tornou-se um foco, levando a soluções como tecnologias de uso único”. A medicina de precisão e outras modali- dades de última geração, como terapias celulares e genéticas, têm sido o foco da indústria biofarmacêutica na última déca- da, observa Bryan Deuber, diretor sênior de desenvolvimento de negócios e parcerias estratégicas da Andelyn Biosciences. “Em resposta, as organizações terceirizadas de desenvolvimento, fabricação e teste ajustaram seus modelos para acomodar a flexibilidade de atender tanto a fabricação de lotes relativamente pequenos quanto indicações maiores”, afirma ele. “Muitas terapêuticas por trás do crescimento recente exigem uma força de trabalho extremamente qualificada, tecnologias de ponta e consumíveis avançados, in- cluindo plasmídeos e vetores virais”. Essas novas modalidades e plataformas – RNA mensageiro (mRNA), terapias celulares e gênicas, e assim por diante – também requerem a entrega em múltiplas formas de dosagem, como autoinjetores, seringas e frascos, e novos modelos de distribuição de pacientes, especifica Sridhar Krishnan, vice-presidente, The Catalent Way at Cata- lent. “Os fabricantes devem ser capazes de integrar essa ampla gama de necessidades em suas operações”, diz ele. “Mais recentemente, a fabricação bio- farmacêutica foi afetada por pressões na cadeia de suprimentos”, especifica Antonio Crincoli, vice-presidente de Engenharia, Farma e Saúde do Consumidor da Ca- talent. “A expectativa dos clientes é por um desempenho consistente, resiliente e previsível da cadeia de suprimentos, com alta qualidade e custo razoável”. Embora Jade Byrd, diretora de marke- ting industrial na Agilent Technologies, também aponte para o esforço em direção a uma melhor gestão de riscos por parte da comunidade de manufatura, devido ao escrutínio sobre as cadeias de suprimentos nos últimos anos, o que está reduzindo o risco de escassez de medicamentos, como uma tendência principal, ela acredita que a mudança mais impactante é a mudança para a fabricação contínua. “O mesmo número de doses pode ser produzido em instalações muito menores, levando a cus-

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