Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-23

Pharmaceutical Technology 25 Pharmaceutical Technology 25 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº3 tos reduzidos e menos desperdício”, diz ela. “A pandemia teve um grande impacto na fabricação farmacêutica, forçando as organizações a pensarem de forma dife- rente sobre a fabricação de tratamentos”, continua Nathan Pettus, presidente de Sistemas e Soluções de Processos da Emer- son. “A COVID trouxe à tona os problemas da cadeia de suprimentos e essa revelação criou um impulso para uma fabricação mais regional, em vez de fazer tudo em um só lugar. Ao criar mais centros de produção regionais, muitos fabricantes farmacêuti- cos estão reduzindo significativamente o risco de suas cadeias de suprimentos para minimizar as interrupções”. Para Shankar Gupta, diretor de vendas da ACG, é a globalização da indústria biofarmacêutica que levou ao advento de novos centros de produção, com aumento das vendas internacionais. “Encorajadora- mente, esse crescimento trouxe consigo um foco real em qualidade e inspeção”, acrescenta ele. No entanto, de acordo com Thomas Schmidt, diretor de marketing de Soluções Digitais na Agilent Technologies, apesar da existência de inciativas de Lean Six Sigma e de quality-by-design já há algum tempo, para garantir a melhor qualidade do produto, essas ferramentas nem sempre foram utilizadas em todo o seu potencial, talvez como resultado do gerenciamento de mudanças que elas exigem. “As expectativas regulatórias estão aumentando”, enfatiza Krishnan, “e, como resultado, os fabricantes devem procurar atender aos mais altos padrões regulató- rios para poder suprir todos os mercados. Sendo assim, aposta-se em sistemas de gestão da qualidade que assegurem a integridade dos dados e a governança, e que a digitalização ocorra com validação adequada, também, quando necessário, que haja segregação de sistemas opera- cionais para eliminar o risco de corrupção”. Os clientes também estão dando maior importância à velocidade de lançamento de produtos no mercado e à flexibilidade de fornecimento, observa Crincoli, o que significa que os fabricantes devem ser capazes de implantar ou fazer a transição rápida de ativos de fabricação para atender às necessidades do mercado. “Portanto, é benéfico se as instalações e equipamentos foram projetados para lidar com vários produtos ou formas farmacêuticas. Da mesma forma, deve haver a capacidade de passar rapidamente do desenvolvimento para as operações comerciais, por meio de ampliação ou expansão”, diz ele. De fato, a velocidade com que as va- cinas contra a COVID-19 foram criadas e fabricadas demonstrou ao mundo que é possível lançar novos produtos em ritmo acelerado, confirma Pettus. “Embora grande parte dessa velocidade tenha sido possibilitada por mudanças nos regula- mentos de autorização de emergência e financiamento especial, as empresas de ciências da vida agora viram o que é possível e querem encontrar maneiras adicionais de desenvolver e fabricar, com segurança, outros tratamentos essenciais com muito mais rapidez”. afirma ele.

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