Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-23

Pharmaceutical Technology 57 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº3 nos centros de atendimento primária ou secundária. Além do risco para a saúde, isto supõe uma carga desnecessária para o sistema de saúde e um custo adicional de carbono. Os dados provenientes do estudo SABI- NA CARBON UK indicaram que o excesso de emissão de gases de efeito estufa per capita era oito vezes maior nos pacientes com asma não controlada (definida por uma ou mais exacerbações nos últimos 12 meses ou por serem prescritos três ou mais inaladores SABA ao ano) (5). em comparação com os pacientes com asma controlada (definida pela ausência de exacerbações e a prescrição de até dois inaladores). Além disso, descobriu-se que somente uma hospitalização de um pa- ciente com problemas respiratórios tem um marca de carbono maior que 1,5 anos de uso diário de pMDI (6). Achados como os anteriores demons- tram que existe um cenário mais amplo para ter em conta na hora de abordar o problema global da mudança climática. É fundamental que se controle o uso de gases fluorados, mas também que este processo seja tratado dentro de um en- foque holístico para o futuro dos pMDI, e que se considere por igual a importância de fatores associados como a eficácia da dose, a aderência e o cumprimento. No contexto de uma transição controlada para as alternativas de baixo PCA, os dispositivos pMDI não somente podem continuar cumprindo sua função vital para administrar medicação de resgate e alívio aos pacientes com problemas respiratórios, mas também podem de- senvolver seu potencial nas áreas com a administração de fármacos por via nasal e como uma plataforma para produtos biológicos delicados, onde os propelentes de baixo PCA sejam prometedores para favorecer a estabilidade da formulação e a administração de cargas úteis elevadas. Na UE, particularmente, o impulso para reduzir progressivamente os gases fluorados e passar aos DPI significa que as oportunidades de refletir e inovar de for- ma mais holística poderiam ser limitadas. No entanto, em outros territórios, contar com um prazo mais longo para a redução gradual poderia permitir às empresas dessas regiões aproveitarem sua posição, utilizando a incorporação de propelentes de baixo PCA para introduzir também ino- vações complementárias nos dispositivos. Uma das lições mais importantes que deixou a eliminação progressiva dos CFC através do Protocolo de Montreal foi a colaboração: todas as partes interessadas se alinharam em torno a uma ideia única e adotaram medidas para respaldar um objetivo comum. Hoje, no entanto, nos enfrentamos às circunstâncias diferentes no desafio de oferecer uma estratégia sustentável para melhorar o atendimento das doenças respiratórias. Convergir numa visão coletiva deve incluir uma avaliação completa do papel transformador dos dis- tintos formatos de dispositivos dentro de um ecossistema commúltiplas camadas ao longo do tempo. Mesmo que as estratégias mais simples tenham um atrativo mais imediato, é possível que contenham riscos. Os objetivos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa são de primordial

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