Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-24

Pharmaceutical Technology 12 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº3 influenciadas pelo formato e pela aplicação-alvo do medicamento. Em particular, Amoussou-Guenou observa que, para grupos com neces- sidades especializadas, como pacientes pediátricos, geriátricos e psiquiátricos, pode ser necessário que os desenvolve- dores de medicamentos “pensem fora da caixa de pílulas” para garantir que os métodos de mascaramento de sabor permaneçam eficazes. Por exemplo, alguns medicamen- tos prescritos para crianças não são fabricados em níveis de dosagem pediátrica. No caso dos comprimidos, a quebra ao meio ou em unidades menores é, portanto, necessária. Re- vestimentos de barreira usados para mascarar o sabor não serão eficazes nesse caso devido à exposição do nú- cleo do comprimido. Os formuladores, portanto, precisam considerar todas as possíveis populações de pacientes em potencial ao selecionar uma tec- nologia de mascaramento de sabor para uma determinada substância medicamentosa. O mascaramento do sabor é, de fato, extremamente importante para medicamentos pediátricos, pois pode melhorar significativamente a ade- são dessa população, de acordo com Mahmoudi. Também pode ser mais desafiador, pois a idade específica, ní- vel de crescimento e desenvolvimento fisiológico, doenças subjacentes e pre- ferências regionais/geográficas devem ser consideradas durante o desenvol- vimento da formulação, incluindo a seleção da abordagem ideal de mas- caramento do sabor. Como exemplo, Mahmoudi observa que pesquisa de mercado sugere que há sabores “fa- voritos que variam de país para país e de indicação para indicação. Na União Europeia, por exemplo, os sabores de cereja e morango são os mais preferidos em medicamen- tos pediátricos para dor e doenças infecciosas, enquanto limão, hortelã- -pimenta e laranja são recomendados para remédios para indigestão (1). Enquanto isso, nos Estados Unidos, crianças preferem os sabores de uva, chiclete e cereja (2). Manter o equilíbrio é essencial embora o desenvolvimento de formas de dosagem palatáveis e de aparência agradável é a chave para melhorar a adesão dos pacientes, é necessário não fazer com que os medicamentos não pareçam ser nada além de medi- camentos. “Como setor, devemos nos certificar de não tornar os medicamentos muito atraentes”, afirma Amoussou-Guenou. “Os medicamentos são apenas isso no final das contas”, continua ele, ”e, por mais inócuas que pareçam ou tenham sabor, o consumo excessivo pode levar a complicações graves. Essa consi- deração é especialmente importante nas formas de dosagem destinadas a crianças”, afirma Amoussou-Guenou. “Os produtores devem andar na corda bamba da formulação; não amarga ou insípida demais para que as crianças recusem seus medicamentos, mas não que elas comecem a ver os medica- mentos potentes como doces” conclui. Algumas oportunidades para desenvolvimento adicional Há dois grupos para os quais os avanços nas tecnologias de mascara- mento de sabor poderiam se beneficiar. O primeiro é o de bebês e crianças pe- quenas que precisam de medicamentos líquidos ou pequenas partículas que podem ser que possam ser dosadas com leite ou alimentos macios. Para complicar seu desenvolvimento é a necessidade de atender às diferentes preferências de sabor para diferentes populações pediátricas e diferentes tipos de medicamentos. A melhor abordagem, portanto, de acordo com Mahmoudi, é desenvolver T & E ANALITICA

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