Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-24

Pharmaceutical Technology 41 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº3 Ainda quando reconhecemos nossa responsabilidade na hora de minimizar o impacto do meio ambiente pelo uso dos pMDI, devemos avaliar sua utili- dade para preservar a vida e melhorar sua qualidade. Garantir a continuidade do tratamento e a segurança dos pa- cientes é fundamental à medida que avançamos para elaborar inaladores mais sustentáveis. A preocupação pelo impacto do meio ambiente dos pMDI não é um assunto novo. A firma do Protocolo de Montreal em 1987 desencadeou a reformulação de toda a indústria para eliminar pro- gressivamente os clorofluorocarbonos (CFC), passando a utilizar os propelen- tes de hidrofluorocarbonos (HFC) mais inócuos para o meio ambiente. Agora fixamos objetivos agressivos e ambiciosos para reduzir progressi- vamente o uso de produtos com alto potencial de aquecimento global (PCG) e o ciclo de reformulação está de novo em funcionamento. Empresas como Chiesi, Astrazeneca e GSK anunciaram ambiciosos planos para reduzir a presença de carbono de seus produtos pMDI em mais de 90% para os próximos anos, mediante a mudança a propelentes alternativos de baixo PCG, que possuem uma presença de carbono muito menor. Este artigo analisa as possíveis respostas sobre o impacto do meio am- biente devido à utilização dos pMDI e examina os pontos a favor e contra dos tipos alternativos de inaladores, assim como os ensinamentos que podem ser obtidos de anteriores atividades de reformulação. Um aspecto chave são estratégias e o respaldo necessários para acelerar o desenvolvimento da próxima geração de pMDI, entre os quais estão incluídos os serviços in- tegrais que a Aptar Pharma oferece. “Garantir a continuidade do tratamento e a segurança dos pacientes é fundamental à medida que avançamos para elaborar inaladores mais sustentáveis”. Os pMDI são a única resposta? Dada a disponibilidade de plata- formas de inaladores alternativos, é razoável se perguntar se o melhor seria simplesmente reduzir nossa dependên- cia dos pMDI. A mudança aos inaladores de pó seco (“DPI”, por sua sigla em inglês) poderia ser uma solução óbvia, já que se trata de uma tecnologia sem prope- lentes consolidada com uma presença de CO 2 proporcionalmente menor; no entanto, a presença líquida de CO 2 dependerá do desenho/tipo de DPI e das complexidades dos respectivos processos de fabricação. Não há dúvidas de que os DPI pos- suem alguns atrativos interessantes. Permitem a administração de uma maior carga de fármaco e, especial- mente, os dispositivos em cápsula são relativamente econômicos. Para as empresas farmacêuticas, tanto os DPI multidose como aqueles com reservatório oferecem excelentes oportunidades para desenvolver uma propriedade intelectual de alto valor, porém o corolário para os fornecedores de serviços sanitários é um alto custo e uma multiplicidade de desenhos de dispositivos. Consequentemente, a possibilidade de intercâmbio e a experiência do paciente podem ser um motivo de grande preocupação com relação à aderência e o cumprimento por parte do paciente. Passar um paciente do pMDI a qualquer DPI exige cuidado, capacitação e seguimento para garan- tir que a gestão sanitária seja contínua e eficaz e, o que é mais importante, os DPI não são adequados para todos os pacientes nem para a medicação de resgate. EMPRESAS

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