Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 3-24

Pharmaceutical Technology 43 Edição Brasileira - Vol. 28 / Nº3 As decisões fundamentais de for- mulação que devem ser tomadas nesta instância se concentram em: • Tratar-se de uma suspensão ou de uma solução. • A quantidade de etanol incluido. • O impacto de qualquer ingrediente inativo incluído. Resolver a questão da flamabili- dade do HFA 152a é também um dos objetivos à medida que a atenção se desloca ao preenchimento/fabricação, mas agora os fornecedores propelentes estão mais envolvidos no processo de reformulação, o qual pode ser es- pecialmente útil na hora de abordar este tema. Seguimento do impacto da reformulação do acionamento até a eficácia Neste contexto de motivação e objetivos claros, e com a experiência passada, podemos analisar com mais detalhe o processo de reformulação. Nos últimos 20 anos, houve um con- siderável avanço no conhecimento dos pMDI, mas o desafio continua sendo importante. A Figura 1 mostra as questões inter-relacionadas que se associam ao desenvolvimento, uso e comer- cialização de um pMDI. A válvula do dispenser é, sem dúvida, um elemento primordial, que deve ser otimizado ne- cessariamente junto com a formulação em desenvolvimento, tendo em conta todos os componentes associados e o processo de fabricação previsto. Por exemplo, terá que ajustar o volume da câmara do dispenser para administrar uma dose equivalente ao atual dispositivo pMDI? Existem inte- rações entre a formulação proposta e o sistema de contenção do fechamento e o acionador que seja necessário uma modificação do material ou um enfoque alternativo? A válvula é com- patível com um processo de preenchi- mento e prensagem adequada para a nova formulação? O desafio principal da otimização vai acompanhado da necessidade de desenvolver um pacote normativo sólido e de reconhecer a influência da prática e a técnica do paciente. É fundamental aproveitar ao má- ximo os métodos in vitro e in silico para acessar a informação necessária para avançar, algo que pode apre- sentar dificuldades. É aqui onde o SmartTrack™ pode ajudar. O Smart- Track é um conjunto de ferramentas que reúne a experiência coletiva da Aptar para acelerar os projetos de re- formulação de pMDI. As provas in vitro se integram na Smart Track, que gera dados clinicamente relevantes, com modelos in silico que simulam o depó- sito pulmonar e a farmacocinética (PK). Graças aos resultados, as atividades fundamentais podem ser aceleradas, como os estudos de categoria de dose e a seleção de excipientes e, em última instância, minimizar a quantidade e o tamanho dos ensaios clínicos necessá- rios para respaldar a comercialização. As ferramentas e técnicas ocupam um lugar destacado no conjunto de ferramentas de reformulação dos pMDI ao fornecer dados que favorecem uma evolução mais rápida e segura. Com o SmartTrack, é utilizado o seguinte: • Velocimetria de imagem de partí- culas e anemometria de fase de Doppler (PDA, por sua sigla em in- glês) para quantificar as dinâmicas da plumagem penacho e dilucidar as interações entre o dispositivo, o perfil de inalação, a coordenação e a orofaringe que definem o com- portamento nas fases iniciais da administração do fármaco. Figura 1: A reformulação implica considerar de forma rigorosa e sistemática uma rede de fatores interativos que se concentram na formulação, no dispositivo e no processo de fabricação.

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