Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 4-21

Pharmaceutical Technology 4 Edição Brasileira - Vol. 25/Nº4 A indústria farmacêutica continua enfrentando desafios no desenvolvimento de fármacos orais a partir do grande nú- mero de candidatos a fármaco de baixa solubilidade que ficam aquém das metas de exposição in vivo , devido à má absorção. Superar esse problema requer o uso de uma tecnologia favorecedora de biodispo- nibilidade que aumente a solubilidade e/ ou a taxa de dissolução. As dispersões por pulverização (SDDs) são amplamente con- sideradas como tecnologia de escolha para melhorar a biodisponibilidade, impulsiona- da principalmente pela aplicabilidade da tecnologia a compostos que abrangem um espaço físico-químico diverso, e seu pro- cesso de fabricação escalável, oferecendo a flexibilidade e o controle necessários para um medicamento otimizado (1-2). As SDDs consistem em fármacos amorfos dispersos molecularmente em uma matriz de excipiente - tipicamente, um polímero – sendo direcionados para fornecer solubilidade aquosa melhorada e força motriz termodinâmica para absorção de formas cristalinas do fármaco de baixa energia. O desenvolvimento de formula- ções SDD, dada sua forma metaestável, é inerentemente mais complexo do que o desenvolvimento de formulações de fár- macos cristalinos. O sucesso depende da aplicação de uma abordagem integrada, em que o biodesempenho, estabilidade e capacidade de fabricação são considera- dos ao longo do ciclo de desenvolvimento, levando à estratégia mais simples e econô- mica para uma formulação SDD otimizada. Os desenvolvedores de fármacos podem aproveitar ferramentas in vitro e in silico para obter resultados ideais in vivo para fármacos de baixa solubilidade formulados como SDDs. Especificamente, ferramentas in silico de pré-formulação e estratégias de modelagem farmacocinética com base fisiológica (PBPK) podem ajudar a au- mentar a compreensão dos mecanismos de biodesempenho e realizar previsões precoces da exposição in vivo ; a seleção e o desenho de teste in vitro baseado nas propriedades físico-químicas dos medica- mentos, dose alvo e nas espécies, podem ajudar no desenvolvimento avançado. Belinostat, um medicamento pouco solúvel, oferece um exemplo de como os desenvolvedores de fármacos utilizaram ferramentas in vitro e in silico para otimi- zar o desempenho in vivo (3). A estrutura química e as propriedades físico-químicas de belinostat estão destacadas na Figura 1 e na Tabela 1, respectivamente. Como o pipeline de molécula pequena contém mais moléculas com problemas de solu- bilidade, a formulação de SDD pode se A tecnologia de dispersão por pulverização (SDD) é frequentemente empregada para solucionar desafios de baixa solubilidade apresentados por formas farmacêuticas orais sólidas. Ferramentas in vitro e in silico podem ajudar na previsão de resultados in vivo para fármacos de baixa solu- bilidade formulados como SDDs. Aaron Stewart Este artigo foi publicado anteriormente na Pharmaceutical Technology USA Suplemento Solid Dosage Drug Development and Manufacturing 2021 e na Pharmaceutical Technology Sudamérica Nº172 (2021). Aaron Stewart é cientista principal associado na Lonza Pharma e Biotech, Bend, OR. Traduzido por Athena Traduções A v ançando o desen v ol v imento da formulação de dispersão por pul v erização

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