Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 4-23

Pharmaceutical Technology 31 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº4 Ao se falar de desafios em revesti- mento, existem basicamente três áreas envolvidas: a qualidade do resultado do revestimento , ou seja, a qualidade dos produtos, a produtividade do processo de revestimento e a flexibilidade da revestidora de comprimidos , portanto, do processo em si. Qualidade Como é possível garantir resultados de revestimento de alta qualidade em uma base contínua? Um dos principais pontos que vem à mente quando se pensa na qualidade do produto é a prevenção de defeitos – es- téticos, como descoloração, variação de cores de comprimido para comprimido ou transição do logotipo, e funcionais, como rachaduras na película, quebra do compri- mido e borda do comprimido ou erosão da superfície. Embora os defeitos puramente estéticos algumas vezes possam ser tolerados, todo o lote está em risco, em muitos casos pode até ser perdido, uma vez que a funcionalidade dos produtos é comprometida. Dependendo do produto, isso pode significar perdas na faixa de seis dígitos. Portanto, não é de se estranhar que esta área seja aquela com a qual as empresas do setor farmacêutico estão lutando e que cada uma implementou seus próprios procedimentos para fazê-lo. Por mais di- ferenciadas que essas abordagens sejam em detalhes, trata-se sempre de estabilizar o processo de revestimento, verificando regularmente os parâmetros e ajustando- -os, conforme necessário. Atualmente, o método comum para aumentar e simpli- ficar esse controle do processo é melhorar o feedback técnico, ou seja, o quão bem e rápido os sistemas técnicos fornecem feedback ao operador sobre a qualidade do processo e do produto. Depois disso, é responsabilidade do operador reagir de acordo. Definitivamente, esta é uma so- lução que funciona, mas é suficiente para atingir a estabilidade real do processo? A realidade é que esta abordagem leva a um risco relativamente grande de erros e imprecisões, pois a regulação e a otimização do processo de revestimento é absolutamente dependente da compe- tência, da experiência e da capacidade do operador. E se não houver um operador devidamente qualificado disponível devi- do à escassez de pessoas qualificadas no mercado de trabalho? E se o especialista se aposentar ou simplesmente entrar de férias e não houver substituto adequado? E se um operador de montagem estiver disponível, o que acontece com processos de revestimento longos que requerem 20 horas ou mais e, portanto incluem rotações de turno? Deixando de lado tudo isso e cenários semelhantes, mesmo para o ope- rador mais experiente nem sempre é fácil obter as configurações de revestimento ideais e acompanhar todos os parâmetros, especialmente commudanças de tamanho de lote, processos de revestimento com- plexos ou produtos exigentes que são, por exemplo, muito sensíveis à umidade ou à temperatura. A solução para essa incerteza sistêmica é automatizar o processo de revestimento em maior extensão, incluindo não apenas o controle dos parâmetros relevantes e feedback para o operador, mas também seu ajuste totalmente automático quando necessário. O novo tambor de revesti- mento perfurado TPR Optima da Romaco Tecpharm é capaz de fazer isso. Ele monitora parâmetros como tem- peratura, umidade, vazão, quantidade do lote e muito mais, obtém as condições de revestimento ideais predefinidas para o produto específico e, com isso, minimiza o risco de perda de partes do lote ou lotes inteiros. Pode-se dizer que a revestidora de comprimidos TPR Optima cria o processo de revestimento absolutamente reproduzí- vel, independentemente da complexidade. Obviamente, a experiência dos operadores ainda é necessária e eles podem intervir manualmente, caso desejem. Mas a possibilidade de automação quase completa garante que não seja mais necessário ser um especialista para obter produtos de alta qualidade consistente- mente com essa tecnologia. É algo como ter um piloto automático. Mas como é essa autorregulação automática? Isso pode ser muito bem exemplificado no contexto da segunda área principal do problema, onde a auto- mação também é o meio de escolha para otimização.

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