Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 5-23

Pharmaceutical Technology 27 Pharmaceutical Technology 27 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº5 sabor, de acordo com Marcus Jenkins, consultor técnico da SGS. A análise de formulações de alta potência também pode ser difícil. Os principais testes analíticos de libera- ção in vitro necessários para produtos farmacêuticos são a confirmação da identidade e a quantificação da subs- tância e impurezas do medicamento, bem como testes de desempenho, como a determinação do comporta- mento de dissolução para produtos em dose sólida. Além do uso de numerosos e variados excipientes, o projeto de forma de dose e a solubilidade repre- sentam desafios específicos para o desenvolvimento e implementação de métodos analíticos para formulações de fármacos altamente potentes. Há muitas questões a resolver Existem alguns desafios analíticos principais que os desenvolvedores de formulações de fármacos altamente potentes enfrentam. Em primeiro lugar, a alta potência e a baixa con- centração das substâncias do fármaco nessas formulações fazem com que seja necessário limitar a diluição das amostras a fim de alcançar concentra- ções nominais adequadas para testes. “Embora as limitações dependam das propriedades físico-químicas de cada substância, a baixa diluição das amos- tras normalmente resulta em altas contribuições de excipientes para as amostras quando elas são testadas”, comenta Jenkins. Uma baixa diluição da amostra tam- bém pode permitir uma maior interfe- rência externa das amostras através da contaminação de vidros, processos ou equipamentos. Tal problema geral- mente não é observado para produtos de dose mais alta, porque os baixos níveis de contaminantes presentes são muitas vezes diluídos fora das faixas de concentração de teste, de acordo com Jenkins. Uma segunda questão é o nível de sensibilidade necessário para uma análise eficaz de impureza. “devido às baixas doses de drogas altamente potentes, as concentrações dos testes analíticos muitas vezes serão baixas e, portanto, fornecerão um desafio à sensibilidade de qualquer método ou equipamento usado”, afirma Jenkins. O uso de maior carga de amostra para melhorar a resposta e a sensibilidade para produtos de baixa dose cria o terceiro desafio, que é que maiores volumes de injeção aumentam as quantidades de excipientes injetados. Essa abordagem não só pode resul- tar em tempos de vida útil reduzidos dos equipamentos, mas também requer a adição de etapas extras de limpeza, contribuindo para o aumento do tempo de inatividade dos equi- pamentos e redução do rendimento e da capacidade nos laboratórios de testes, acrescenta Jenkins. Além disso, para minimizar ou eliminar a inter- ferência excipiente são necessárias etapas adicionais de preparação, que prolongam o processo e aumentam a complexidade, podendo levar a uma maior variabilidade. Por último, mas não menos impor- tante, para garantir a segurança dos operadores e do ambiente, a entrega de amostras de medicamentos alta- mente potentes deve ser realizada com os devidos controles, que podem incluir confinamentos como capacetes ou isoladores. Jenkins observa que esta complexidade adicional também pode introduzir variabilidade nos processos de teste. Os excipientes causam preocupação durante a determinação da uniformidade Para drogas altamente potentes e de baixa dose, garantir a distribuição uniforme da substância em toda a matriz é essencial e muitas vezes desafiador. “Dados analíticos precisos e confiáveis são necessários para per- mitir decisões de desenvolvimento de produtos eficazes e eficientes. Caso haja alguma dúvida sobre a exatidão dos dados analíticos relativos à uni- formidade da substância da droga, o tempo de desenvolvimento, o esforço e o custo associado podem ser desper-

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