Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 5-23

Pharmaceutical Technology 28 Edição Brasileira - Vol. 27 / Nº5 diçados tentando resolver potenciais problemas de formulação que não são reais”, observa Jenkins. O maior problema, muitas vezes, refere-se às dificuldades de detecção devido à presença de excipientes que absorvem em regiões de comprimento de onda UV semelhantes às de subs- tâncias medicamentosas. Uma forma de evitar esse problema é considerar os impactos analíticos dos excipientes durante os esforços iniciais de triagem e seleção antes que muito tempo e esforço tenham sido investidos na geração de protótipos, de acordo com Jenkins. Outra abordagem é escolher comprimentos de onda alternativos de detecção que minimizem a contribui- ção do excipiente, mas a capacidade de fazê-lo depende das propriedades de absorção da substância do fármaco. Excipientes poliméricos utilizados para modificar a liberação in-vivo de fármacos podem impactar a ex- tração precisa durante o preparo da amostra. “Para algumas formulações de medicamentos de alta potência, pode ser necessário completar etapas adicionais de preparação para garantir a recuperação total da substância do medicamento, conforme necessá- rio para atender às verificações da indústria durante o processo ou às especificações do produto acabado”, diz Jenkins. Excipientes poliméricos também podem apresentar desafios para equipamentos de laboratório, como colunas cromatográficas, pois podem ser difíceis de remover e podem criar a necessidade de passos adicionais de limpeza/regeneração para retornar as colunas ao desempenho ideal ou reduzir irreversivelmente o tempo de vida da coluna, de acordo com Jenkins. “à deterioração da coluna durante a análise pode, de fato, aumentar o risco de uma análise não atender aos critérios típicos de adequação do sistema, levando à necessidade de repetir as análises, reduzindo assim a eficiência e o custo-benefício dos testes”, afirma ele. Uma seleção cuidadosa dos solventes é essencial Para uma análise eficaz, todos os ingredientes de interesse em uma formulação de fármaco devem ser solúveis em um solvente adequado para o método de análise pretendi- do. Isso pode ser um problema para substâncias altamente potentes com baixa solubilidade em água, como solventes orgânicos são normalmente necessários. “Para uma formulação particular, o solvente deve efetiva- mente dissolver a substância da droga ou outro ingrediente de interesse (por exemplo, conservante ou antioxidan- te), mas não os outros excipientes da formulação, a fim de minimizar as contribuições excipientes. No entanto, as substâncias farmacológicas e os ex- cipientes apresentam frequentemente propriedades semelhantes e tendem a ser solúveis nos mesmos solventes“, explica Jenkins. A seleção cuidadosa das fases estacionária e móvel da coluna pode ser usada para separar a interferência indesejada dos picos de interesse, ga- rantindo uma especificidade aceitável. Estas escolhas podem ser guiadas pela consideração das estruturas químicas dos compostos envolvidos, de acordo com Jenkins. “Funcionalidades polares na substância da droga irão interagir com grupos polares incrustados em colunas, enquanto sistemas de elé- trons deslocalizados irão interagir com sistemas semelhantes em certas fases estacionárias, como o pentafluorofe- nilo, e as cadeias alquilas irão interagir com fases estacionárias C8 ou C18, etc. Colunas analíticas modernas têm agora combinações desses grupos para permitir uma maior variedade de fases estacionárias para avaliação durante o desenvolvimento analítico “, observa. Outra abordagem é utilizar máxi- mos de comprimento de onda secun- dário ou terciário para minimizar a interferência de excipientes em uma formulação de fármaco altamente potente. “É necessário, no entanto, considerar a análise de produtos de degradação, uma vez que eles podem ter absorvências UV diferentes das suas metades-mãe”, afirma Jenkins. Ele acrescenta que, embora compri- mentos de onda mais longos reduzam a contribuição do excipiente para a análise, eles não impedem interações físicas dos excipientes com a fase es- tacionária e a necessidade de passos adicionais de limpeza. Formulações de liberação prolongada requerem maior sensibilidade e análises não rotineiras Formulações de fármacos altamen- te potentes que são projetadas para permitir a liberação sustentada da substância do fármaco com liberação direcionada para minimizar os poten- ciais efeitos toxicológicos muitas vezes dependem de excipientes alternativos ou novos. Esses sistemas, segundo Jenkins, reduzem o início inicial e pro- longam a janela de efeito terapêutico. Os testes de liberação in vitro para tais formulações requerem a detec- ção de baixos níveis de substâncias medicamentosas (particularmente em momentos iniciais) liberadas em taxas lentas. Por exemplo, uma formulação de liberação prolongada pode liberar 5-0% da substância do medicamento após 5-10 minutos, enquanto uma formulação de liberação imediata normalmente liberará >45%, observa Jenkins. “O aumento da sensibilidade obtido através do uso de detectores de maior sensibilidade ou modificações, tais como células de fluxo de maior

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