Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 6-22

Pharmaceutical Technology 8 Edição Brasileira - Vol. 26/Nº6 lares em escala, ao longo do ciclo de vida de um produto, os fabricantes precisam investir em uma quantidade significativa de expansão, incluindo o aumento de ca- pacidade das instalações, equipamentos, instrumentos e contratação de pessoal e treinamento. As empresas devem de- terminar se possuem as habilidades, a capacidade e os recursos necessários para concluir o desenvolvimento da linhagem celular do início ao fim ou se precisam terceirizar parte ou todo o processo para economizar tempo e custos. Como parte dessa decisão, os desen- volvedores biofarmacêuticos também precisam considerar quantas moléculas pretendem ter em produção e realizar uma análise de custo/benefício. Para um grande fabricante que planeja criar uma instalação de vários produtos, pode valer a pena construir recursos internos, como um investimento de longo prazo. Por outro lado, empresas virtuais, pequenas e médias, com uma ou mais moléculas em seu pipeline, podem não ter a experiência necessária em desenvolvimento de linha- gem celular e recursos internos, optando por terceirizar essas atividades para um fornecedor experiente. No entanto, algu- mas grandes empresas biofarmacêuticas ainda optam por terceirizar os requisitos de desenvolvimento de linhagem celular com base na capacidade interna e objeti- vos de negócios. Mesmo após a conclusão do desenvolvimento da linhagem celular, as empresas possuem a opção de expandir e realizar a fabricação com a ajuda de uma organização de fabricação por contrato (CMO) ou de terceiros. As principais prioridades ao selecionar um parceiro de desenvolvimento de linhagem celular O sucesso na indústria biofarmacêutica sempre envolve alcançar um equilíbrio en- tre fatores, como velocidade, custo, avanço tecnológico e escala. Ainda que um desen- volvedor terceirize apenas algumas etapas ou todo o processo de desenvolvimento da linhagem celular, é essencial saber quais fatores são mais importantes ao comparar opções de produtos e serviços. Expertise científica. O desenvolvimento da linhagem celular é um processo de várias etapas, demorado e complexo. Para produzir moléculas de alta qualidade em cronogramas mais eficientes, o fabricante ou fornecedor que realiza o desenvolvi- mento da linhagem celular precisa reunir uma equipe com profundo e amplo co- nhecimento em bioprocessos científicos. Muitas etapas ao longo do caminho para produzir uma nova linhagem celular de produção geralmente exigem conheci- mento no assunto, incluindo a etapa final de transferência que trará as linhagens celulares de um fornecedor externo para as instalações de fabricação pretendidas. O tempo até a clínica é uma preocupa- ção central para todos os desenvolvedores biofarmacêuticos. Para atingir as metas de produção o mais rápido possível, as equi- pes de operações científicas devem estar intimamente familiarizadas com fluxos de trabalho eficientes e livres de erros. Isso geralmente significa evitar o uso de processos desatualizados e complicados (ou seja, clonagem de diluição limitada) e eliminar estágios desnecessários, como geração de pool. A eliminação da geração de pools do fluxo de trabalho de desen- volvimento de linhagem celular permite um cronograma muito mais curto de geração de DNA para o banco de células de pesquisa (RCB), geralmente de quatro a cinco semanas. Os fabricantes também precisam de uma equipe analítica capaz de caracterizar com precisão o produto proteico durante os estágios de desenvolvimento da linha- gem celular, principalmente no estágio de seleção de clones. A obtenção de títulos elevados é inútil se a nova linhagem celular de produção gerar uma molécula deficiente, incapaz de atingir sua função ou mecanismo de ação desejado. Descobrir que a molécula tem um perfil de produto alvo de qualidade inferior (QTPP) após o desenvolvimento da linhagem celular é caro e causará atrasos significativos na chegada da molécula à clínica. Para evitar esses riscos, a equipe de operações de desenvolvimento de linhagem celular deve medir certas características-chave da proteína, começando com a funciona- lidade, em um ensaio biológico ou ensaio de ligação (dependendo do mecanismo de ação da proteína), que determina a pureza, agregação potencial, impurezas relacionadas ao produto e o provável perfil de glicosilação da proteína. A equipe deve estar familiarizada commétodos analíticos de alta resolução, utilizando cromatografia líquida de ultra-alta performance (UHPLC), cromatografia líquida acoplada à espec- trometria de massa (LC-MS), eletroforese capilar e outros métodos, todos os quais devem ser incorporados ao fluxo de traba- lho de desenvolvimento da linhagem ce- lular. Com esse conhecimento, as equipes podem selecionar clones que produzam uma molécula que atinja os atributos de qualidade do produto desejados. Escolher os clones certos antecipadamente elimina a necessidade de otimizar os atributos crí- ticos de qualidade após o desenvolvimento da linhagem celular. Expertise regulatória. Como muitos produtos biológicos são modalidades rela- tivamente novas, as agências reguladoras exigem rigoroso controle de qualidade. Desvios dos padrões de biossegurança podem colocar os desenvolvedores em risco de rejeição de petições regulatórias ou atrasos significativos resultantes de diretivas para gerar novos dados, o que pode ser trabalhoso. Os conhecimentos científicos e re- gulatórios muitas vezes se sobrepõem porque os requisitos regulatórios infor- mam os fluxos de trabalhos científicos. Por exemplo, uma dimensão exclusiva da fabricação biofarmacêutica é a capacidade do fabricante de provar que um produto biológico baseado em proteína foi derivado

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