Pharmaceutical Technology Brasil - Líquidos 2020

Pharmaceutical Technology 7 Edição Especial LÍQUIDOS 2020 [saúde e segurança ambientais]. Critérios de decisões diferentes desempenham um papel importante na seleção do sistema de transferência adequado. A intenção é uma produção em maior escala ou tamanhos de lotes menores, e é uma monoprodução ou produção multifinalidade? Unidades reutilizáveis como processador de rolhas ou unidades embaladas para uso único serão usadas? Um grau elevado de flexibi- lidade é exigido ao selecionar tamanhos de formato diferentes, diferentes frascos ou ampolas, por exemplo? Uma vez que essas decisões forem tomadas, há um sistema de transferência certo para cada unidade. Em 2020, a PDA irá publicar um relatório téc- nico para isoladores. O relatório também descreve, entre outras coisas, sistemas de transferência e como eles trabalham de forma segura em um ambiente asséptico. Nole (GRAM): Você precisa ter um sistema robusto estabelecido que forneça flexibilidade. GRAM pode utilizar uma combinação de peças dedicadas que são esterilizadas em autoclave e transferidas para o isolador por meio de recipientes de transferência rápida, ou montagens pré-montadas e submetidas à radiação gama em um sistema bag-in-bag-out com portas de transferência rápida. Essa configuração nos permite montar e esteri- lizar nossas próprias montagens ou buscar material pré-montado de um terceiro. PharmTech: Quais são as melhores práticas para limpeza/descontaminação dos isoladores? Nole (GRAM): Todas as peças remo- víveis e peças dedicadas são removidas e limpas por partida. Quaisquer materiais que podem ser esterilizados em autoclave (tigelas, funis, trilhos) são esterilizados em autoclave e colocados no local com uma tampa plástica (Tyvek). Assim que a linha for configurada, o isolador e todos os materiais dentro são submetidos a um ciclo de descontaminação com peróxido de hidrogênio vaporizado. Para linhas de enchimento multiproduto, as melhores práticas são ter uma avaliação de risco multiproduto para determinar as práticas de mitigação de riscos, e criar um pro- grama para monitoramento de rotina da eficiência de limpeza. Denk (SKAN): A nova Minuta do Anexo 1 descreve que as superfícies devem ser validadas conforme limpas antes de serem desinfectadas ou descontaminadas. Na minha opinião, superfícies complexas bem como uma multitude de conexões flexí- veis, áreas inacessíveis, etc., são difíceis de limpar e validar. Tenho lidado com o assunto de design de limpeza e higiene de superfícies há muitos anos. A fim de poder limpar processos de maneira reprodutível e válida no futuro, a implementação téc- nica tem que ser repensada para reduzir os componentes que são instalados em um isolador ao mínimo e então torná-los mais facilmente acessíveis para limpeza. Com base no design higiênico, a descon- taminação das superfícies no isolador é então realizada utilizando peróxido de hidrogênio evaporado ou pulverizado. Quando se trata de descontaminação de superfícies, eu sou um grande apoiador de sistemas integrados no isolador, uma vez que a tecnologia está de acordo com o processo e design do isolador, e o peróxido de hidrogênio é levado à superfície para ser descontaminada o mais rapidamente possível. Existem dois sistemas diferentes aqui: evaporação do peróxido de hidrogênio por meio de uma placa evaporadora e distri- buição na câmara do isolador por meio da recirculação. Outra possibilidade é a pulverização direta do peróxido de hidro- gênio com um bocal de dois componentes, utilizando tecnologia SKANFOG. Com esse bocal, o peróxido de hidro- gênio líquido e ar comprimido são mistu- rados e microgotículas são geradas. Essas microgotículas são distribuídas em alta velocidade no isolador e, devido à rápida atomização, formam uma película uni- forme em todas as superfícies, resultando em tempos de descontaminação curtos de poucos minutos. PharmTech: Quais são algumas das melhores práticas para manutenção da tecnologia de isoladores? Denk (SKAN): A melhor prática para manutenção de isoladores é a manutenção preditiva. O isolador é a barreira assépti- ca entre o produto estéril e o ambiente. Quanto melhor for o funcionamento da barreira, mais seguro é o produto esté- ril. Algumas pessoas da manutenção se distinguem particularmente em manter os isoladores em bom estado por muito tempo. Eu frequentemente me surpreendo em ver isoladores instalados há muitos anos com aparência ainda de novos. Temos uma SKAN Academy onde todas pessoas da assistência são treinadas, assim como os operadores de nossos clientes se eles não tiverem nenhuma experiência com isoladores ou gostariam de expandir suas habilidades. A maioria de nossos clientes têm um contrato de prestação de serviços e dessa forma, são informados sobre a ma- nutenção futura para que seja coordenada com seu ciclo de produção. Nole (GRAM): A maioria dos OEMs oferece pacotes de manutenção preventiva e requalificação de ciclo de descontami- nação de rotina até que a empresa tenha conhecimento especializado interno. Por fim, uma melhor prática de manutenção crucial é um programa de manutenção/ gerenciamento de luvas. Entender sua fre- quência de troca de luvas e ter um estoque de seis a 12 meses nas prateleiras - luvas têm tempos de reabastecimento longos PT Referências 1. European Commission, EudraLex, Volume 4, EU Gui- delines to Good Manufacturing Practice Medicinal Products for Human and Veterinary Use, Annex 1, Manufacture of SterileMedicinal Products, December 2017. 2. R. Denk et al., PDA Letter, Nov. 6, 2017, www.pda.org. 3. R. Denk et al., PDA J PharmSci and Tech 73 (6) 487-495 (2019).

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