Pharmaceutical Technology Brasil - Líquidos 2023

Pharmaceutical Technology 18 Edição Especial LÍQUIDOS 2023 e eficácia clínica melhorada”, conclui Hel- ler. “Vemos potencial futuro para micelas poliméricas e nanopartículas poliméricas feitas com copolímeros dibloco de mPEGb- -polilactídeo biocompatíveis e bioabsorví- veis”, prevê ele. Esses copolímeros dibloco fazem parte dessa classe de excipientes funcionais de poliéster de lactídeo/gli- colídeo, com um histórico de segurança comprovada, conforme evidenciado pelo número de produtos injetáveis de ação prolongada (60) e dispositivos médicos bioabsorvíveis que estão no mercado há décadas”, Heller explica. Shah também vê as micelas poliméricas como um avanço tecnológico empolgante para formulações parenterais. Além de co- polímeros em bloco, como ácidos poliláticos PEGuilados, ácidos poliglicólicos PEGuilados oumesmo uma combinação de ácidos lático e glicólico, ela descobriu que os polaxâme- ros, ou plurônicos, também foram usados para a formação de micelas e aumento da solubilidade. “Esses copolímeros tribloco têm uma porção central mais hidrofóbica da cadeia que forma o núcleo, com ex- tremidades mais polares e hidrofílicas se estendendo para o meio aquoso”. Um exemplo de uma nova tecnologia de excipiente para aumentar a solubilidade de formulações parenterais à base de mi- celas poliméricas vem da LLS Health. Seu excipiente, Apisolex, é um copolímero em multibloco, que compreende um bloco de polissarcosina e um bloco de poliaminoá- cido misto D-/L-, de acordo com Shah. “A sarcosina é um derivado do aminoácido encontrado naturalmente nos músculos e tecidos humanos, tornando-se uma alternativa biocompatível aos excipientes existentes usados em formulações paren- terais, especialmente quando se deseja uma carga elevada de fármaco”, diz ela. Nas micelas poliméricas formadas pelo polímero Apisolex, o bloco misto de polia- minoácidos forma os núcleos hidrofóbicos enquanto o bloco de polissarcosina forma as coroas hidrofílicas. LNPs semelhantes, mas estruturalmente diferentes As LNPs também encapsulam IFAs, mas são estruturalmente diferentes das micelas poliméricas. “As LNPs sólidas abrigam IFAs hidrofóbicos dentro de lipídios, em um núcleo sólido que permanece sólido mes- mo quando as partículas estão dispersas no ambiente aquoso. As vesículas nano- estruturadas, por sua vez, consistem em componentes/compartimentos lipídicos, líquidos e sólidos, dentro das partículas sólidas”, diz Shah. As LNPs recentemente se tornaram bem conhecidas por seu uso na proteção de RNA mensageiro (mRNA) contra a de- gradação e por auxiliar em sua captação celular, mas também podem ser vantajosos para muitas outras substâncias medica- mentosas. Embora os ácidos nucleicos, como o mRNA e os pequenos RNAs de interferência (siRNA), não tenham pro- priedades ruins de solubilidade, eles podem aumentar a solubilidade de IFAs de mo- léculas pequenas mais convencionais. “O futuro das LNPs está no desenvolvimento de novos lipídios funcionais para navegar no cenário de patentes e permitir o dire- cionamento para órgãos, tecidos e células específicos”, afirma Heller. Outros excipientes Dado que a maioria dos novos candida- tos a medicamentos sofre de baixa solu- bilidade em algum grau, muitos trabalhos têm focado na identificação de uma gama mais ampla de soluções para o aprimora- mento da solubilidade. Para medicamentos parenterais, as ciclodextrinas são um exemplo de um tipo de excipiente que foi redescoberto e utilizado com frequência crescente nos últimos anos. Esses oligossacarídeos cíclicos são derivados do amido natural e dispostos sob a forma de um cone oco com exterior hidrofílico e interior hidrofóbico, portan- to, podem blindar do meio aquoso uma ampla gama de IFAs hidrofóbicos e pouco solúveis em água, de acordo com Schäfer. Ele acrescenta que eles apresentam um perfil de segurança muito bom, o que os torna adequados para administração parenteral. Além disso, as ciclodextrinas

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