Notas de Interés
Nova combinação de medicamentos
é capaz de aumentar a sobrevida de pacientes com Melanoma.

 

 

 

 

Pierre Fabre e Array BioPharma anunciaram durante o ASCO Annual Meeting 2018, nos Estados Unidos, os novos resultados de seu estudo de fase 3, no qual pacientes com melanoma BRAF-mutado tratados com encorafenibe e binimetinibe alcançaram sobrevida média de 33,6 meses.

 

O melanoma é o câncer de pele mais agressivo, sendo o melanoma metastático o mais grave e potencialmente fatal, associado a baixas taxas de sobrevida2,3de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA)1 a incidência para o biênio 2018-2019 será de aproximadamente 6 mil casos novos.

 

O estudo COLUMBUS foi selecionado para o programa “Best of ASCO” (melhor do ASCO, em tradução livre).
“Temos o prazer de apresentar esses novos dados que se baseiam em análises dos dados do COLUMBUS e reforçam nossa crença de que o encorafenibe e o binimetinibe podem ser uma nova opção de tratamento promissora para pacientes com melanoma avançado BRAF-mutado”, afirmou o Dr. Reinhard Dummer, professor do Departamento de Dermatologia da Universidade de Zurique (Suíça), e principal investigador e autor do estudo.

 

Columbus é um estudo multicêntrico, randomizado, aberto de fase III em pacientes com melanoma avançado/metastático com BRAF-mutado. Mostrou sobrevida global mediana de 33,6 meses para os pacientes tratados com a combinação de encorafenibe e binimetinibe comparado com 16,9 meses para os pacientes que receberam vemurafenibe em monoterapia. A combinação reduziu o risco de morte comparado com vemurafenibe em monoterapia (hazard ratio [HR] of 0.61 [95% CI: 0.47–0.79], p<0.0001]. A sobrevida em dois anos dos pacientes no braço combinação foi de 58%. A eficácia de vemurafenibe em monoterapia no braço controle foi consistente com os dados históricos já apresentados o que garante consistência e valida os dados do estudo Columbus.

 

Outro dado apresentado durante essa edição do ASCO Annual Meeting é a atualização sobre a mediana da sobrevida livre de progressão (mPFS) para pacientes tratados com a combinação encorafenibe e binimetinibe permanence assim como divulgado anteriormente: 14,9 meses versus 7,3 meses para os participantes tratados com vemurafenibe.

 

 

O estudo 

Vale ressaltar ainda que a pesquisa mostrou uso limitado de imunoterapia pós estudo, também consistente com outros estudos pivotais com inibidores de BRAF e MEK em melanoma avançado/metastático.

 

“Os dados mostraram que independente do braço de tratamento, o uso subsequente de imunoterapia foi similar entre os braços, indicando que o tratamento pós estudo não contribuiu para os resultados de sobrevida global”, disse o Dr. Reinhard Drummer, autor principal do estudo e professor do Departamento de Dermatologia do Hospital da Universidade de Zurich.

 

Como já reportado previamente a combinação de encorafenibe e binimetinibe foi bem tolerada. Eventos Adversos (EA) grau 3 e 4 que ocorreram em mais de 5% dos pacientes que receberam a combinação foram: aumento da gamaglutariltransferase (GGT:9%), aumento sérico da creatinofosfoquinase (CK:7%) e hipertensão (6%). A incidência de eventos adversos de especial interesse, definidos pelas toxicidades mais comuns associadas aos inibidores de BRAF e MEK disponíveis comercialmente para tratamento do melanoma avançado/metastático, para os pacientes que receberam a combinação de encorafenibe e binimetinibe incluiram: rash (22%), retinopatias incluindo descolamento de retina (20%), pirexia (18%) e fotossensibilidade (5%). Os resultados completos de segurança do estudo Columbus parte 1 foram publicados no The Lancet Oncology.

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