Notas de Interés

Microalgas podem dar novas cores a produtos cosméticos

 

Projeto desenvolvido pelo Grupo Boticário, em parceria com a Embrapa,  busca novas colorações a partir de técnicas inovadoras e sustentáveis

 

O Grupo Boticário, detentor das marcas O Boticário, Eudora, quem disse, berenice?, The Beauty Box, Multi B e Vult, fechou parceria de cooperação com a Embrapa Agroenergia para buscar uma via alternativa aos insumos industriais de coloração. O projeto de produção de corantes por via biotecnológica tem objetivo de criar uma nova forma de se obter cores: produzir corantes por meio da fermentação de fungos, bactérias e microalgas.

“Acreditamos na capacidade de inovação brasileira e nas sinergias entre instituições de pesquisa tecnológica e empresas industriais. Para nós, o acordo de cooperação com a Embrapa Agroenergia é um exemplo prático desse pensamento”, afirma Paulo Roseiro, diretor de P&D do Grupo Boticário.

A iniciativa é uma dentre diversas lançadas pelas área de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) do Grupo Boticário, que investe constantemente em métodos alternativos, e está na vanguarda da tecnologia para cosméticos. A empresa é pioneira  na implementação de metodologias alternativas aos testes em animais no Brasil, prática que não é usada pelo Grupo há 19 anos. Entre os projetos está a criação de pele humana desenvolvida em laboratório, a Pele 3D. O material é utilizado para o teste de matérias-primas e produtos acabados (cremes, loções e maquiagens), tanto para a escolha de ingredientes que serão usados nas formulações, quanto na segurança dos produtos.

O Grupo Boticário também inovou ao implementar o organs on a chip, uma tecnologia que simula um órgão humano em um chip. O objetivo da iniciativa é comunicar a pele com o sistema imune do corpo humano nos testes. Ou seja, identificar possíveis reações alérgicas causadas por produtos cosméticos a partir da pele. Além desses, também lançou, no início deste ano, um selo de identificação para produtos veganos, fabricados e produzidos sem matérias-primas de origem animal.

‘Cada vez mais, a tendência é que projetos como esses sejam substituídos por soluções inovadoras e de alto potencial sustentável, provocando uma mudança de mindset para processos tradicionais da indústria cosmética”, complementa Roseiro.

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